sexta-feira, 24 de julho de 2009

I miss you.

Eu acordei, peguei meu celular. 09:09. Só queria voltar para teus braços, mais do que nunca. Dentro do carro, eu via a paisagem cinza através do vidro. Mas eu via algo mais, também. Atrás das nuvens, tinha um pequeno círculo cinza, o qual atraiu minha atenção. Eu realmente achei estar delirando, então ignorei. ' Lua? as nove horas? acho que estou pensando demais no Sol. ' Inclinei minha cabeça, descansando-a no vidro. Olhei para baixo e, sobre minha coxa, fiquei observando o pequeno anel dourado em meu dedo. Tudo fazia sentido agora. Continuei observando o céu, e cantando as canções que escutava. É realmente impressionante como cada palavra das músicas se encaixam - de algum jeito - em um sentimento só. Em uma pessoa só. Eu me perguntei se os "pancadões" também fariam algum tipo de sentido, se houvesse alguma ligação com meu sol*. Enfim, faziam doze horas, agora, que eu não falava com o mesmo. E isso me matava. Por que? Ora, vamos! Por favor. Agora, o céu estava deixando buracos, e a "Lua" era o Sol. Pra quê, né? ' Eu te amo, com absoluta certeza. ' Sussurrei. O Sol brilhava, iluminando toda a paisagem, e deixando tudo perfeito. Era tão óbvio o porquê da minha comparação. Meu amor + o Sol = a coisa mais incrível que Ele já fez. Não achei isso nenhum pouco brega. Caso alguém tenha achado, reclamem para o gerente. Chegando na praia, fomos até uma cidade maior para almoçar. São variadas opções de restaurante, mas eu nem ligava, estava em outro lugar naquela hora. Eu mal cheguei na frente de um restaurante de dois andares, e um garçom indiferente parou na minha frente e começou a falar milhões de coisas. Eu olhei para trás, checando se estava atrapalhando alguma conversa. Mas não. Só havia eu ali. E eu não sou lá uma guria independente, nem aparento ser. Minha bolsa estava no carro e enfim. Meus pais estavam uns bons passos atrás de mim, olhando o cardápio de outro restaurante que não havia me chamado atenção. Demorou um pouco para eu prestar atenção e ver que o garçom estava, na verdade, me paquerando. Eu fechei a cara, levantei uma sobrancelha e depois ri da expressão do guri, aparentemente confuso. Eu pensei um pouco no que havia acontecido. Bom, ele deveria ter uns 17 anos. Era moreno, de olhos claros, cabelos cacheados. Provavelmente toda a guria que passava ali assobiava ou algo do tipo. Eu ri um pouco disso e virei as costas para ele. Fui até onde meus pais estavam e toquei o cardápio com a mão esquerda, deixando a anel dourado brilhar de encontro ao Sol. Arrisquei uma olhada rápida, e agora a expressão do rapaz era de descontentamento. ' Sinto muito. Quem sabe eu venho com outra amiga qualquer dia. E trago o meu sol* pra te conhecer? Cuidado, ele é bem possessivo. ' Eu pensei em dizer isso, mas balancei a cabeça apagando o pensamento, e rindo comigo mesma. Eu passei o resto da tarde cantando com o Sol. Preciso dizer mais alguma coisa? Ah é, eu te amo.

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