quarta-feira, 29 de julho de 2009

The boy does nothing.

Ele já não se suportava mais. Era completamente impossível ser feliz sozinho. Ele precisava urgentemente de sua droga*. Era um vício, enfim. Não chegava perto de ser um sofrimento, era uma necessidade. Ele não estava louco. Ao contrário, estava completamente certo do que precisava, do que queria, do que amava. Ninguém entendia, óbvio! Ninguém concordava. Ninguém tinha ideia do bem que aquela droga* lhe causava. Jamais entenderiam. Ele já havia sido avisado que muitas doses poderiam ser fatais. Mas ele só queria mais. Só precisava daquela droga*, de um jeito não-maníaco. Precisava dela, pois era ela quem o deixava assim. Agora eram milhões de semelhanças, uma atrás da outra. Sua droga*, enfim, era o seu grande vício. Ele descobriu o tão precioso amor sem dor, sim. E era feliz, enquanto ela estava aqui. Quando ia embora, ele tinha a esperança de encontrá-la no outro dia, e passar horas sozinho com ela. (Sim, eu e você) E então, passaram-se dias. Ela não voltava para lhe dar aquela sensação maravilhosa de borboletas no estômago. Agora, ao contrário, algo diferente de borboletas o invadiam e cortavam seu estômago. E ele sabia que a única cura para aquilo era a droga*. Ele iria esperar o tempo que fosse necessário. Meses, talvez. Somente com as lembranças que tinha. E com o que sentia dentro de si, que era sem dúvida forte o suficiente para aguentar isso. Ele só estava preocupado. Preocupado que a droga* não voltasse mais. Preocupado que algo tivesse acontecido com ela, algo que tenha mudado seu jeito de pensar. Mas ele a esperava, pacientemente. E com uma recepção maravilhosa. Esperando que quando ela chegasse, poderia ser enfim, só eu e você.

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